Nicki Minaj é multada após ser detida por posse de maconha em Amsterdã

Fotografia da rapper Nicki Minaj. Imagem: reprodução | Instagram.

Rapper foi parada pela polícia quando saía dos Países Baixos em sua turnê mundial; embora os Países Baixos sejam famosos por seus coffeeshops, a cannabis não é totalmente liberada no país

Nicki Minaj, famosa rapper, modelo e atriz, tomou as manchetes dos veículos internacionais neste fim de semana, após ser presa no aeroporto de Amsterdã no sábado por supostamente estar transportando maconha em sua bagagem. Embora ela tenha sido libertada horas depois, o incidente forçou a cantora a cancelar seu show que aconteceria na Inglaterra.

A cantora relatou o ocorrido em sua conta no X, onde ela menciona que estavam tentando a impedir de ir para Manchester. Em um vídeo gravado por Minaj de dentro de um carro, um homem uniformizado a informa que os policiais iriam revistar todas as suas malas. “Por que é que não as revistaram antes de irem para o avião”, ela questiona.

Em uma publicação posterior, a rapper diz que encontraram maconha em suas malas e que os baseados ainda seriam pesados. Ela afirma ainda que o seu segurança já havia avisado à polícia que era o proprietário da droga. Em outro post, a cantora lembra que “aqui é Amsterdã, onde a erva é legal”. (O comércio de pequenas quantidades de maconha é permitido nos Países Baixos, mas apenas a residentes.)

Após mais de uma hora desde que foi parada, Minaj fez outra postagem afirmando que as pessoas que pesariam a maconha ainda não haviam chegado. “É para tentar me atrasar para que possam escrever histórias negativas. O ciúme é uma doença. Você sabe o resto”, desabafou a rapper, em um post publicado por volta das 16h30 no horário dos Países Baixos.

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O Royal Netherlands Marechaussee, organização da polícia militar neerlandesa responsável pela segurança nos aeroportos, anunciou mais de cinco horas depois, em sua conta no X, que uma mulher estadunidense de 41 anos acabara de ser libertada. “Após consulta ao Ministério Público, a suspeita foi multada e pôde prosseguir viagem”, escreveram sobre a prisão de Minaj, que é natural de Trindade e Tobago e naturalizada nos EUA.

Os promotores disseram à mídia local que foram encontrados de 30 a 100 gramas de cannabis nas bagagens de Minaj e que a rapper recebeu uma multa de 350 euros. Agora, a cantora terá o delito mencionado em seus registros criminais no país. “Ela ainda é bem-vinda nos Países Baixos. Mas é importante que isso não aconteça novamente, pois as penalidades serão maiores”, disse um porta-voz do Ministério Público neerlandês à NOS.

Minaj tinha um show marcado na cidade de Manchester, na arena Co-op Live, contudo ela não conseguiu chegar a tempo e o evento foi adiado. “Apesar dos esforços da Nicki para explorar todas as opções possíveis para ainda realizar o show desta noite, os acontecimentos de hoje tornaram isso impossível. Estamos profundamente desapontados com a inconveniência que isto causou”, declarou a empresa em suas redes sociais.

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Embora os Países Baixos tenham ficado famosos por seus coffeeshops, que desde os anos 1970 comercializam maconha aos residentes, como parte da política de cannabis adotada pelo governo neerlandês, a erva não é totalmente liberada no país.

A política de tolerância (gedoogbeleid) implementada após a revisão da lei de drogas neerlandesa permite aos coffeeshops a venda de até 5 gramas de maconha ou haxixe para cada cliente por dia, exclusivamente para residentes — os clientes são obrigados a apresentar um documento de identificação ou uma autorização de residência. Os estabelecimentos ainda são proibidos de manter mais do que 500 gramas de cannabis em estoque.

O Ministério Público neerlandês também não processa cidadãos pela posse de até 5 gramas ou cinco plantas de maconha. O cultivo de cannabis é proibido no país, mas nos casos em que não são cultivados mais de cinco pés a polícia geralmente apenas apreende as plantas.

Para tirar a produção de maconha da ilegalidade, o governo dos Países Baixos está realizando um experimento de cultivo e fornecimento regulamentado. O programa-piloto começou em dezembro e permite que os coffeeshops comercializem cannabis produzida por cultivadores licenciados. A expectativa dos legisladores neerlandeses é que a medida contribua para reduzir o papel do crime organizado no comércio de drogas leves, uma vez que a política atual favorece a produção ilícita.

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Imagem em destaque: reprodução / Instagram.

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