Mercado de fibra de cânhamo deve crescer US$ 4,28 bilhões até 2026

Fotografia mostra vários novelos de cor bege, que preenchem toda a imagem. Foto: Wolfgang Sojer | Pixabay.

Vantagens do material em relação ao algodão e às fibras sintéticas impulsionam o crescimento do mercado, de acordo com um novo relatório

Impulsionado por fatores como o uso crescente na indústria têxtil, o mercado global de fibras de cânhamo está estimado para crescer US$ 4,28 bilhões (R$ 23 bilhões) de 2021 a 2026, diz um novo relatório da Technavio. Além disso, esse impulso de crescimento acelerará em uma CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 15,32% durante o período.

Os analistas da Technavio, uma empresa global de pesquisa e consultoria em tecnologia, dizem que a alta demanda pela indústria têxtil se justifica principalmente pelas diversas vantagens que a fibra de cânhamo tem em relação ao algodão ou às fibras sintéticas, como maior durabilidade e resistência.

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A fibra de cânhamo é produzida de várias formas e misturada com outros fios complementares. É mais leve e possui altas qualidades de isolamento quando comparada às fibras sintéticas. O cânhamo ainda é altamente adequado para uso ao ar livre devido às suas características como resistência aos raios ultravioleta e mofo.

Segundo o relatório, o mercado de fibra de cânhamo está fragmentado devido à presença de vários fornecedores globais e locais.

“Os fornecedores estão implantando estratégias de crescimento orgânico e inorgânico para competir no mercado. Fornecedores proeminentes no mercado estão competindo com base na marca, qualidade e preço. Eles estão adotando estratégias como colaborações, parcerias, fusões e aquisições para obter uma vantagem competitiva”, diz um trecho do documento.

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Os especialistas dizem que o crescimento constante do mercado de fibra de cânhamo deve atrair novos participantes, e consequentemente aumentar a concorrência no mercado.

Dito isso, o relatório ainda destaca que a região Ásia-Pacífico está entre os principais produtores e exportadores de cânhamo globalmente, com China, Coreia do Sul, Japão e Índia na liderança. “A indústria têxtil é o principal usuário final de cânhamo na APAC, particularmente na China e na Índia. A crescente demanda por têxteis industriais e de consumo na China e na Índia está alimentando o consumo de cânhamo na APAC”, disseram os analistas.

Um relatório separado da Kaya Mind, empresa especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, sobre os impactos ambientais, sociais e econômicos do cânhamo no Brasil revelou que, a partir de sua regulamentação no Brasil, o país poderia movimentar, no seu quarto ano de legalização, R$ 4,9 bilhões com a venda dos insumos da planta no país, enquanto a arrecadação tributária para o Estado seria de R$ 330,1 milhões no mesmo período.

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