Marrocos emite primeiras licenças para produção de maconha
Os cultivadores da cordilheira do Rif agora podem produzir cannabis legalmente
A Agência Nacional de Regulação das Atividades de Cannabis do Marrocos, após ratificar em junho a medida que permite o cultivo e comercialização da planta no país, emitiu as primeiras 10 licenças para produção de maconha.
Os agricultores das províncias de Al Hoceima, Chefchaouen e Taounate, localizadas nas montanhas do Rif, poderão produzir e vender cannabis para uso médico, farmacêutico e industrial, informou a Reuters. A maconha já é cultivada há séculos no Marrocos e uma lei sancionada no ano passado visa reorientar gradualmente os cultivadores legados para o mercado legal.
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As três aéreas selecionadas para iniciar a transição representam a maior produção de cannabis do Marrocos e abrigam algumas das comunidades mais pobres do país. Segundo o The North Africa Post, dados oficiais revelam que cerca de 400.000 pessoas vivem do cultivo de maconha na região.
O governo marroquino diz que a mudança de política visa melhorar a situação econômica desses agricultores, que ganham cerca de 4% do faturamento final da safra no mercado ilegal. A nova lei permitirá que eles ganhem 12%, afirma o governo.
A lei recomenda que os agricultores criem cooperativas para firmar contratos com fabricantes e preservar seus direitos, além de permitir que adquiram as melhores práticas de agricultura sustentável e sementes de qualidade.
Um dos decretos que regulamentam a nova lei prevê a possibilidade de agregar outras províncias ao mercado legal seguindo o interesse demonstrado por investidores nacionais e internacionais em atividades relacionadas com a cadeia de abastecimento de cannabis.
O uso adulto de maconha permanece ilegal no Marrocos.
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#PraTodosVerem: fotografia aérea que mostra uma plantação de maconha a céu aberto, em El Kolla, na região de Tanger-Tétouan, onde se vê algumas montanhas do Rif ao fundo. Imagem: Rogelio A. Galaviz | Flickr.
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