Grupo organiza ato em frente ao CRM-SP em repúdio à nova resolução

Fotografia mostra, na diagonal, uma folha de cinco pontas serrilhadas de uma planta de cannabis, da qual se vê partes de outras folhas, no canto inferior direito do quadro, em fundo branco. Foto: Unsplash / 2H Media. Ato Salvador

Manifestação deve ocorrer nesta sexta-feira (21), às 9h, em São Paulo

Na semana passada, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma nova resolução que restringe o tratamento com o canabidiol para crianças e adolescentes com epilepsias refratárias às terapias convencionais na Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e no Complexo de Esclerose Tuberosa.

A resolução não foi tratada com a devida seriedade e respeito tanto com os pacientes, que se tratam por conta de diversas outras patologias, quanto com os médicos que têm o direito constitucional de autonomia de escolha da melhor terapia que julgarem interessante indicar aos seus pacientes. A norma ainda limita a divulgação do conhecimento técnico sobre a cannabis entre a própria classe médica e a difusão para a sociedade, restringindo estas informações apenas a eventos realizados pela ou através da Associação Médica Brasileira (AMB).

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Diante desse retrocesso, pacientes, familiares, médicos e ativistas irão promover um ato na sexta-feira (21), às 9h, em frente ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo, na Rua Frei Caneca, nº 1282, no bairro Consolação, na capital paulista.

Vestindo preto, o grupo pretende entregar uma carta de repúdio. “Nossa intenção com este ato é solicitar que o CFM atue de forma técnica e não política, que a diretoria nomeie pessoas competentes para estudarem os mais de 50 trabalhos científicos publicados nos últimos anos e não utilize como base estudos publicados antes mesmo da data da publicação da última resolução em 2014”, comenta um dos organizadores, o economista e presidente do Instituto CuraPro: Acolhe Vidas, Marco Antonio Carboni.

 

 

 

Carboni ressalta que o grupo deseja que a diretoria do CFM ouça a classe médica, realize consultas públicas sobre o tema e respeite mais a vida dos pacientes que tratam suas diversas patologias e não só as elencadas, de maneira eficiente e sem os pesados efeitos colaterais que as terapias convencionais provocam.

“Outras medidas jurídicas e políticas já estão em curso a fim de barrar esse ato administrativo que pretende fazer uma caça às bruxas contra aqueles que estes deveriam apoiar e promover o aprofundamento do debate e a produção de mais trabalhos científicos”, finaliza.

Serviço

Ato em frente ao ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo
Sexta-feira, 21, às 9 horas
Rua Frei Caneca, nº 1282, no bairro Consolação, em São Paulo

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A inconstitucionalidade da nova resolução do CFM e o retrocesso com a saúde do paciente

#PraTodosVerem: fotografia mostra, na diagonal, uma folha de cinco pontas serrilhadas de uma planta de cannabis, da qual se vê partes de outras folhas, no canto inferior direito do quadro, em fundo branco. Foto: Unsplash / 2H Media.

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