Austrália: ativistas que fizeram projeção 420 na Ópera de Sydney enfrentam acusações

#PraTodosVerem: imagem de capa é reprodução de vídeo no YouTube que mostra a projeção com temática canábica na Ópera de Sydney.

Na Austrália, é considerado crime realizar publicidade em determinados espaços. Os ativistas argumentam que a projeção que fizeram não foi para fins comerciais, mas um protesto de apoio à legalização

Alec Zammitt e Will Stolk fizeram uma projeção em prol da maconha na Ópera de Sydney, na Austrália, considerada Patrimônio da Humanidade, e agora enfrentam acusações policiais pelo ato. Tudo começou em 2022, quando os ativistas australianos projetaram seus gráficos em 20 de abril, data comemorativa da comunidade canábica. Entre os designs projetados, estavam folhas de cannabis, o número 420 e mensagens como “A quem estamos ferindo?”.

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Um mês antes da exibição, Zammitt fez um teste do Park Hyatt Hotel para a Sydney Opera House. Este tem uma vista panorâmica para o monumento.

Após esse primeiro protesto, Zammitt foi interrogado pela polícia, que foi até sua casa sem saber ao certo se o que estava cometendo era crime. O pessoal da polícia disse ao ativista que procuraria aconselhamento interno e entraria em contato com ele. Mas isso não aconteceu, então eles avançaram com a projeção de uma nova mensagem a favor da maconha.

Maconha na Ópera de Sydney: Rodada 2

No dia 20/4, retornaram ao hotel para realizar a segunda projeção que, desta vez, foi interrompida pelas autoridades. “A polícia invadiu a suíte do hotel onde estavam os projetores. Eles emitiram uma ofensa relacionada ao evento do mês anterior, bem como uma nova ofensa para as exibições de 20/4”, escreveu Zammitt por e-mail à High Times.

Na Austrália, é considerado crime realizar publicidade em determinados espaços, como a Ópera de Sydney. Embora seja o que dizem as acusações, os ativistas argumentam que o que fizeram não foi para fins comerciais, mas sim um protesto com uma mensagem de apoio à reforma em discussão em New South Wales (Nova Gales do Sul).

Em 31 de janeiro, eles comparecerão a um tribunal para testemunhar sobre o ocorrido. No caso de irem a julgamento e serem condenados, ambos devem pagar multa: em torno de AUD 1.100 para Stolk e Zammitt talvez pagaria o dobro por ser a segunda ofensa.

“Acreditamos que a lei australiana atual está presa no século XIX. É nosso direito constitucional poder protestar e expressar nossas opiniões políticas”, escreveu Stolk à HT em um e-mail. Este fato representa o desejo dos australianos de poderem consumir maconha sem serem perseguidos pelas autoridades. Stolk confirma que é uma luta pela liberdade pessoal e que remonta a muitos anos: “é nosso dever como australianos defender nossas liberdades que nossos antepassados ​​lutaram tanto para proteger”.

Por Lucía Tedesco, originalmente publicado no El Planteo.

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Imagem de capa: reprodução Youtube.

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