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Foto mostra uma pequena folha de maconha de cinco pontas sobre uma nota de cem dólares.

Vendas de maconha para uso adulto ultrapassam US$ 700 milhões em Maryland (EUA) durante primeiro ano de legalização

Vendas de maconha para uso adulto ultrapassam US$ 700 milhões em Maryland (EUA) durante primeiro ano de legalização

Mercado deve prosperar ainda mais no próximo ano — o estado americano lançou um programa de desenvolvimento da força de trabalho de cannabis que priorizará o treinamento de pessoas com histórico de delitos relacionados à maconha

As vendas de maconha em Maryland (EUA) ultrapassaram US$ 1,1 bilhão nos primeiros doze meses após a legalização do uso social da planta. Os varejistas licenciados do estado venderam mais de US$ 700 milhões em produtos de cannabis para consumo adulto e quase US$ 400 milhões em maconha para fins medicinais, desde o dia 1º de julho de 2023, quando o mercado adulto entrou em operação.

Isso é o que revelam os dados da Administração de Cannabis de Maryland (MCA), divulgados pelo governador Wes Moore nesta quarta-feira. Em um comunicado comemorando a façanha, o democrata ressalta que, somente em junho, as vendas ultrapassaram US$ 95 milhões, com o mercado de maconha para uso adulto respondendo por mais de US$ 67 milhões.

“Nosso novo mercado de cannabis para uso adulto não está apenas gerando uma atividade econômica extraordinária — ele também está nos ajudando a construir novos caminhos para o trabalho, salários e riqueza para todos”, disse Moore. “Tornar Maryland mais competitiva significa garantir que todos possam colher os benefícios do crescimento econômico de Maryland. Este marco importante prova como nossa administração continuamente — e repetidamente — honra nosso profundo compromisso com essa missão.”

Moore também menciona outros destaques da indústria de maconha do estado no último ano, como o lançamento da “primeira rodada de licenciamento de negócios de cannabis no país reservada exclusivamente para requerentes de equidade social”, que selecionou 205 empresas, sendo 54% de propriedade majoritariamente negra ou afro-americana, e 76% com a maioria dos proprietários sendo minorias. Segundo o governador, esses negócios mais que dobrarão o número de estabelecimentos licenciados de maconha que operam no estado.

O estado também estabeleceu o “primeiro laboratório estadual de referência de cannabis do país dedicado à supervisão da cannabis e gerenciado por uma agência reguladora estadual de cannabis”. Segundo a MCA, o laboratório é responsável por auditar os resultados de laboratórios de testes independentes para garantir a precisão, auxiliar nas investigações de produtos ilícitos e determinar métodos de teste padronizados para a indústria.

A declaração menciona ainda a arrecadação de mais de US$ 40 milhões em taxas de empresas licenciadas de cannabis para apoiar o Fundo de Reinvestimento e Reparação Comunitária, que fornece financiamento diretamente às jurisdições locais para apoiar iniciativas comunitárias que beneficiam comunidades de baixa renda e comunidades que foram desproporcionalmente prejudicadas pela “guerra às drogas”.

Leia também: Povo Cherokee aprova legalização do uso adulto da maconha em terras tribais da Carolina do Norte (EUA)

Outros marcos destacados por Moore incluem o lançamento de uma campanha abrangente de saúde e segurança pública, que promove o uso seguro e responsável de maconha e educa o público sobre tópicos importantes como os perigos de dirigir sob efeito de drogas, espaços livres de fumo e armazenamento seguro de produtos de cannabis, e a criação de um Escritório de Equidade Social (agência independente que atua para promover oportunidades econômicas e equidade no mercado de maconha para uso adulto).

“Estou orgulhoso dos esforços da equipe da Administração de Cannabis que trabalhou em colaboração com nossos parceiros governamentais e da indústria para implementar um mercado seguro e equitativo em Maryland, ao mesmo tempo em que construía uma nova agência reguladora”, disse o diretor da MCA, Will Tilburg, no comunicado do governo.

O governador Wes também saudou o lançamento recente do “primeiro Programa de Desenvolvimento da Força de Trabalho de Cannabis do país”, que priorizará o treinamento de pessoas com histórico de delitos relacionados à maconha. Realizada através de uma parceria entre a MCA e o Departamento de Trabalho de Maryland, a iniciativa é oferecida gratuitamente a candidatos qualificados e busca reduzir as barreiras ao emprego, bem como criar caminhos para empregos sustentáveis na indústria da cannabis.

“Esta colaboração inovadora apoiará os moradores de Maryland interessados em se juntar à crescente indústria de cannabis do estado e priorizará indivíduos e comunidades diretamente impactados pela Guerra às Drogas”, disse Moore em uma declaração. “Por décadas, a política de cannabis tem sido usada como um porrete. Juntos, provamos como a política de cannabis pode ser usada como uma ferramenta valiosa para não deixar ninguém para trás.”

Segundo um comunicado do governador, os participantes do programa terão acesso a oito cursos individualizados e ministrados por especialistas do setor, operadores licenciados e professores universitários. Após a conclusão de 100 horas cumulativas de cursos e instruções virtuais, os participantes podem se inscrever em um curso presencial intensivo de dois dias que oferece 16 horas de treinamento ocupacional prático.

“Maryland está liderando a reforma da cannabis e reforçando que a legalização deve ser acompanhada por esforços para lidar com os fardos da criminalização”, disse Tilburg. “Por meio deste programa, indivíduos afetados negativamente pela criminalização da cannabis poderão receber experiência prática em tempo real e acesso à colocação profissional.”

Há pouco mais de duas semanas, Moore anunciou o perdão de mais de 175.000 condenações por delitos relacionados ao porte de maconha para consumo pessoal e de apetrechos. Embora nenhuma das pessoas perdoadas estivesse na prisão, seus registros criminais representavam barreiras no acesso à habitação, emprego e educação.

No entanto, os perdões são diferentes das expurgações, onde a condenação é totalmente removida dos registros públicos — apesar de o Judiciário registrar no processo que o delito foi perdoado, isso ainda aparecerá no registro criminal do indivíduo.

Moore disse em uma entrevista após o perdão em massa que irá trabalhar com o Legislativo de Maryland para que seja implementado o processo de expurgação, que deve ser feito através de uma ação legislativa.

Leia mais: Minnesota elimina quase 58.000 registros por delitos de maconha

Imagem de capa: Unsplash / Elsa Olofsson.

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