Marcha da Maconha enche São Paulo com muita fumaça
O ato contrariou as edições anteriores e decidiu caminhar no sentido oposto da Av. Paulista, sentido Praça da Sé. Segundo a organização, mais de 100 mil pessoas saíram às ruas para pedir a legalização com o tema “Quebrar correntes, plantar sementes”. No ato, se fizeram presentes diversos coletivos canábicos conhecidos da cena que defenderam os diferentes usos da planta. Ato religioso levou pela primeira vez uma espécie real da planta da maconha para a MM.
No último sábado (6/5), o Brasil e o mundo ficaram mais verdes com dezenas de Marchas da Maconha espalhadas pelos quatro cantos do globo e em São Paulo não poderia ser diferente. No vão do MASP, localizado na Av. Paulista, um grande símbolo da cidade, cerca de 100 mil (segundo a organização da Marcha) compareceram em peso para fazer fumaça e, claro, defender a liberação medicinal, religiosa e recreativa do plantio e uso da marijuana.
Nesse ano, o ato teve como mote o tema “Quebrar correntes, plantar sementes” em alusão ao direito de cultivar a própria planta, seja para fazer a cabeça, para produzir seu medicamento ou praticar a sua fé. Diferente do que foi feito nas outras edições – onde os maconheiros partiram do MASP rumo à Praça Roosevelt por meio da Rua Augusta e Consolação – a marcha resolveu fazer fumaça em outro sentido. Partindo na Paulista sentido Paraíso, os manifestantes desceram a Avenida Brigadeiro Luís Antonio sentido Praça da Sé.
Na frente, a turma que luta pela maconha medicinal, com pacientes, famílias, mães e pais no Bloco Medicinal, com sua inconfundível cor roxa, vinham seguidos de milhares de pessoas e diversos coletivos, como DAR, ACuCa, Respire e muitos outros. E em ato inédito numa Marcha da Maconha, uma planta real foi levada para as ruas de SP num ato religioso sem precedentes, também feito em uma forma de pedido de liberdade a Ras Geraldinho (líder religioso preso desde 2013): “Foi levada para marchar conosco uma espécime real da árvore da vida, sobre um andor que simboliza toda a sacralidade que devotamos à planta. 10 pessoas levaram cartazes com frases que remetem à liberdade religiosa e ao caso Ras Geraldinho”.
A equipe do Smoke Buddies, como sempre, esteve presente em peso para acompanhar o ato, registrar cada pedaço dessa festa canábica e, claro, jogar a fumaça para o ar (porque ninguém é de ferro). Ficou curioso para saber um pouco mais sobre o que rolou nas ruas paulistanas. Então saca só essa galeria verde:
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