O nome desse texto é
Há algo que tenho reparado na prática há um certo tempo: a perda de memória é, definitivamente, um fato inerente ao ganjeiro.
A discussão que proponho a seguir não é se existe a perda de memória ou não, parto do pressuposto que isso é senso comum. O que – agora – me importa é: Por que precisamos lembrar de tudo? Qual o benefício em acumular, acumular memórias? Importante mesmo é viver ou navegar em registros de uma vida já vivida?
Como outros demais contornos da existência, perder a memória de curto prazo é apenas uma troca. Deixamos de lembrar números específicos, nomes desimportantes, termos não-cotidianos para abrirmos uma porta de percepção diferenciada. Sentimos mais a própria pele, criamos possibilidades. Por que lembrar o nome daquele filme, com aquele ator? Qual a necessidade de sobrecarregar a memória? Creio que mais interessante seria darmos espaço para o cérebro armazenar processos criativos, sensações e sentimentos. Se temos recursos tecnológicos que armazenam informações sub-importantes para a nossa existência e felicidade, que tal tocar o foda-se pra memória de curto prazo e acender esse beck agora?
Katcha… katcha… eeerm…what?
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