Esclerose múltipla, herpes-zóster e Parkinson estão entre as condições clínicas passíveis de tratamento com cannabis na Ucrânia
O Ministério da Saúde da Ucrânia divulgou a lista de doenças que se qualificam para tratamentos à base de cannabis cerca de oito meses após a legalização do uso terapêutico da planta no país.
São elas: esclerose múltipla, dor crônica ou neuropática e/ou espasticidade, herpes-zóster, paralisia cerebral, lesões na medula espinhal, complicações da quimioterapia, Parkinson, Tourette, epilepsia refratária, síndrome de Lennox-Gastaut, síndrome de Dravet, esclerose tuberosa e perda de peso associada a distúrbios alimentares. A lista poderá ser ampliada no futuro dependendo do avanço de pesquisas médicas, que serão avaliadas por um comitê consultivo, responsável por recomendar novos tratamentos à base de cannabis.
Os medicamentos à base de cannabis só podem ser obtidos mediante receita eletrônica de um médico de cuidados primários ou de um médico que presta cuidados médicos especializados. Os dados dessa consulta serão inseridos no sistema eletrônico de saúde ucraniano.
As atividades relacionadas à cannabis medicinal serão fortemente regulamentadas e monitoradas pelo Estado. Um comunicado do Ministério da Saúde indica que “o consumo de um medicamento à base de cannabis deve ser interrompido se o efeito terapêutico desejado não for obtido dentro de 4 a 12 semanas ou em caso de efeitos adversos graves (incluindo aqueles relacionados com doenças mentais)”.
A implementação do programa nacional de cannabis com fins terapêuticos na Ucrânia envolve diferentes órgãos governamentais. O Ministério da Política Agrária será responsável por supervisionar o cultivo e processamento de cannabis, enquanto a Polícia Nacional e a Agência Nacional do Medicamento farão cumprir a lei relativa à distribuição e prescrição de produtos de cannabis, garantindo que apenas os pacientes e prestadores de cuidados de saúde autorizados terão acesso aos tratamentos com a planta, mantendo os controles prometidos pelo governo.
Foto de capa: Richard Bell | Unsplash
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