Canabinoides como THCV, CBDV e CBG demonstram propriedades que podem ser promissoras no tratamento de doenças neurodegenerativas e transtornos por uso de substâncias
Mais de 120 fitocanabinoides são produzidos pelas diversas variedades da planta de cannabis, sendo que os mais famosos — e estudados — são apenas dois: Δ9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC) e canabidiol (CBD). Um estudo, porém, se debruçou em outros compostos da planta para investigar seus potenciais terapêuticos no tratamento de distúrbios neurológicos e de transtornos por uso de substâncias, e os resultados são promissores.
O estudo foca em três canabinoides: tetrahidrocanabivarina (THCV), mólecula com estrutura semelhante ao THC, canabidivarina (CBDV), descoberta pela ciência em 1971, e canabigerol (CBG), precursor usado pela cannabis para produzir tanto o THC quanto o CBD. A escolha dos compostos tem a ver com abundância, facilidade de síntese e potencial terapêutico.
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Os autores avaliaram a literatura científica disponível sobre a atuação destes canabinoides em condições como epilepsia, Parkinson, Alzheimer, doença de Huntington e transtornos por uso de substâncias e álcool e encontraram evidências não apenas de efeitos neuroprotetores dos compostos, mas também de outros resultados benéficos.
“Seus efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e neuromoduladores os posicionam como agentes promissores no tratamento de distúrbios neurodegenerativos”, diz o estudo divulgado na Preprints.org. “À medida que a pesquisa continua a se desenvolver, essas descobertas podem abrir caminho para tratamentos inovadores baseados em fitocanabinoides que vão além do escopo das abordagens tradicionais, oferecendo novas esperanças em neuroproteção e gerenciamento de doenças”.
Foto de capa: Esteban López | Unsplash.
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