Potencial industrial do cânhamo será exibido e discutido durante segunda edição do evento, entre os dias 15 e 17 de novembro
Na semana em que o STJ inicia o julgamento sobre a possibilidade de importação de sementes e plantio de variedades de cannabis com baixo teor de tetrahidrocanabinol (THC) para a produção de medicamentos e produtos com fins exclusivamente medicinais, farmacêuticos ou industriais, a ExpoCannabis mostra os múltiplos usos do cânhamo para a indústria, com palestras, exposições de projetos e lançamentos de produtos feitos com a fibra da planta.
Inovação no setor agrícola
A startup potiguar Liamba Comitiva lança o primeiro maquinário nacional de pós-colheita para cannabis e cânhamo na ExpoCannabis Brasil. O equipamento, desenvolvido em parceria com a Aço Brasil, é uma inovação tecnológica que promete acelerar o processo de beneficiamento das flores para a produção de medicamentos à base de cannabis e abrir novas frentes no agronegócio brasileiro.
“A inovação no pós-colheita é um passo fundamental para alavancar a cadeia produtiva do cânhamo e da cannabis no Brasil. Ao desenvolvermos este maquinário, estamos não só fortalecendo a indústria, mas também criando oportunidades para o agronegócio e incentivando novas pesquisas, que contribuirão para o avanço científico e a sustentabilidade no setor”, afirma Felipe Farias, fundador da Liamba Comitiva.
Nos palcos
No Fórum Internacional, a discussão sobre a regulamentação do cânhamo e as referências internacionais, entre o presidente da Associação Nacional do Cânhamo Industrial (ANC), Rafael Arcuri, o presidente da Associação Latino-Americana de Cânhamo Industrial, Lorenzo Rolim, o Secretário Geral da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Daniel Radío, e o representante do IRCCA, Sérgio Vázquez Barrios, acontece às 14h35 do dia 15.
No sábado (16), a partir das 14h, na Arena do Conhecimento, o engenheiro ambiental Tiago Haus e a agrônoma Laura Espósito debatem como o cânhamo pode contribuir com o solo e outras culturas de cultivo e quais iniciativas o mercado deve tomar.
No mesmo dia, o Fórum Internacional recebe, às 16h30, um papo sobre aliança pelo cânhamo industrial, com Luis Maurício (presidente da ABCCI), Daniel Papa (Diretor do Empreendedorismo MEMP), Caio França (Deputado Estadual), Damaris Ribeiro (Instituto Ficus), Daniela Bittencourt (Embrapa) e Bruno Pegoraro (Instituto Ficus).
No domingo (17), às 12h30, a Arena do Conhecimento recebe um bate-papo, mediado por Manuela Borges, sobre o desenvolvimento e aplicações do cânhamo industrial vs associações de cannabis terapêutica, com o pós-doutor em Tecnologia de Formulações, Ubiracir Lima, o fundador e sócio da Cannabreed Technology Brasil, Renato Tonini e a diretoria na Associação Mãesconhas do Brasil e conselheira da Frente Parlamentar do Cânhamo Industrial e Cannabis Medicinal da Alesp, Ângela Aboin. E, para encerrar o ciclo de palestras sobre cânhamo desta edição do evento, às 18h10, Raquel Coutinho (HUMORA), Poliana Rodrigues (Blazing Beauty) e Marcela Ikeda (Larica Ururguay) se juntam para falar sobre os múltiplos usos do cânhamo.
Nos estandes
Além da programação de palestras, o cânhamo e suas múltiplas possibilidades também estarão no pavilhão de exposição, seja na exibição do primeiro baixo elétrico feito com as fibras da planta, do músico do Natiruts e presidente da ABCCI, Luis Maurício, seja nos estandes de empresas que apostam neste segmento.
A Lynx Hemp, por exemplo, é uma produtora autorizada de cânhamo industrial em Portugal, estabelecida em 2021; a Hempower é a primeira comunidade brasileira dedicada a propagar o uso do cânhamo na construção civil; e a Casa Cânhamo, lançada durante a ExpoCannabis, oferece artigos de fabricação nacional para casa e decoração feitos em cânhamo.
Foto de capa: Unsplash.
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