A Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal (Ama-me) foi homenageada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)
Em audiência pública na última quinta (19), a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) prestou homenagem à primeira associação de pacientes de cannabis do país, que completa dez anos. A Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal (Ama-me) anunciou, na ocasião, que vai inaugurar no primeiro trimestre de 2025 uma casa de apoio, onde será ofertado acesso a um tratamento completo, com profissionais de fisioterapia, terapia ocupacional e psicólogos.
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A audiência também propôs debater a urgência de regulamentação do uso medicinal da cannabis, com o intuito de garantir a “universalidade de acesso”.
Em Minas Gerais, o Projeto de Lei (PL) 3.274/ 2021, de autoria da deputada Beatriz Cerqueira (PT), está em tramitação na ALMG. A proposta é tornar obrigatório o fornecimento de medicamentos à base de canabidiol (CBD) para pacientes com condições médicas debilitantes pelo estado.
Leandro Cruz Ramires da Silva, diretor médico-científico da Ama-me, falou sobre a diferença de preço entre óleos de cannabis disponíveis nas farmácias, cujos valores vão de R$ 2.500 a R$ 3.600, e os fabricados por associações como a Ama-me, que beneficia a planta em seu laboratório e a disponibiliza aos associados por R$ 150. Além disso, 10% dos 3.300 associados atualmente têm seu tratamento subsidiado pelo grupo.
A pesquisadora Ângela Maria Gomes, do Movimento Negro Unificado, defendeu que o Estado estabeleça as dosagens e atue para ensinar as pessoas a usarem a planta até chegar a uma “patente comunitária”, de forma a impedir a monopolização da planta pela indústria farmacêutica.
Foto de capa: jcomp | freepik.
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