Adultos jovens têm maior probabilidade de relatar o consumo de produtos intoxicantes não regulamentados derivados do cânhamo em estados onde a maconha é ilegal, de acordo com dados publicados no American Journal of Preventive Medicine.
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Pesquisadores das universidades de Michigan e do Sul da Califórnia avaliaram o uso no último ano de produtos de delta-8 THC derivados do cânhamo entre indivíduos de 19 a 30 anos. Consistente com estudos anteriores, eles relataram que o consumo de delta-8 THC é muito mais popular em jurisdições sem mercados regulamentados de cannabis para uso adulto.
“A prevalência do uso de delta-8 THC foi significativamente menor no Oeste do que no Sul e Meio-Oeste e menor em estados com (vs. sem) regulamentações de delta-8 THC e em estados com (vs. sem) uso recreativo legal de cannabis”, concluíram os autores do estudo.
Comentando sobre os resultados do estudo, Paul Armentano, vice-diretor da NORML, afirmou: “Previsivelmente, existe uma demanda muito menor por esses produtos não regulamentados em ambientes onde a cannabis de planta inteira é legalmente regulamentada e disponível. Mais uma vez, a lição é clara: legalizar e regulamentar os mercados de maconha é preferível a proibi-los. Colocar os produtos de maconha atrás do balcão mantém a cannabis fora do alcance dos jovens e reduz o apetite do público por esses novos intoxicantes não regulamentados.”
Dados separados publicados no ano passado no Journal of Medical Toxicology relataram taxas muito mais altas de incidentes de controle de envenenamento envolvendo o uso de produtos de delta-8 em estados onde as vendas licenciadas de maconha são proibidas. Pessoas que vivem em estados onde a cannabis é ilegal têm quase o dobro de probabilidade de realizar buscas online por produtos de delta-8 THC.
Embora o delta-8 THC ocorra organicamente na planta de cannabis, geralmente é produzido apenas em quantidades nominais. Por outro lado, as quantidades elevadas de delta-8 THC encontradas em produtos comercialmente disponíveis são tipicamente o resultado de uma síntese química durante a qual os fabricantes convertem CBD derivado do cânhamo em delta-8 THC. Fabricantes envolvidos na síntese de delta-8 THC não são regulamentados e frequentemente usam produtos domésticos potencialmente perigosos para facilitar esse processo. Análises laboratoriais de produtos não regulamentados de delta-8 consistentemente descobriram que eles contêm níveis mais baixos do composto do que os anunciados nos rótulos dos produtos. Alguns produtos também foram encontrados com contaminantes de metais pesados e agentes de corte não rotulados.
A NORML e outros grupos instaram a FDA a estabelecer diretrizes regulatórias que governem a produção, teste, rotulagem e comercialização de produtos canabinoides derivados do cânhamo. Em 2021, a NORML emitiu um relatório sobre delta-8 THC e outros novos canabinoides sinteticamente derivados que alertou os consumidores a evitar esses produtos não regulamentados porque eles não são testados e podem conter impurezas.
O texto completo do estudo, “Use of delta-8 THC and other types of cannabis among young adults in the United States”, está disponível no American Journal of Preventive Medicine. Informações adicionais estão disponíveis no NORML Fact Sheet, “NORML’s Guide to Delta-8 THC and Other Novel Cannabinoids”.
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