Cultivo de cânhamo. Foto: Eir Health Unsplash

Bélgica usa cânhamo para limpar solos contaminados

A Bélgica pretende combater a contaminação de solos com o cânhamo. Mas o que está acontecendo e qual é o plano?

Durante anos, investigadores belgas exploraram o cânhamo, uma planta fitorremediadora. Atualmente, foi a região de Lillo, na Antuérpia, que se propôs transformar uma área marcada pela presença de substâncias perfluoroalquiladas (PFAS), resultante da utilização de espuma de combate a incêndios, num local para um novo quartel de bombeiros.

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Cânhamo, a arma da Bélgica para acabar com a poluição

“A planta (do cânhamo) não é apenas boa para a nossa economia circular, mas também tem potencial para extrair PFAS de solo contaminado. Portanto, a investigação nesta área merece todo o nosso apoio”, disse Bart De Wever, prefeito e chefe dos serviços de emergência em Antuérpia, de acordo com o Hemp Today.

Estes produtos químicos que perseguem o país europeu escaparam à decomposição natural durante décadas. São encontrados na água, no ar e no solo, o que torna completamente compreensível a preocupação das instituições de saúde e ambientais.

Na verdade, os PFAS existem desde 1950 e têm sido usados ​​em panelas antiaderentes, embalagens de alimentos e produtos de higiene pessoal, entre outros. A sua persistência no ambiente e a sua capacidade de acumulação nos organismos vivos ameaçam a saúde e o ecossistema.

Aqui entra em jogo a eficácia da planta do cânhamo, que é capaz de extrair e absorver toxinas poluentes do solo. Deve ser cultivado para que, posteriormente, seja destruído apenas a parte da planta que contém PFAS, uma alternativa viável em comparação à escavação e incineração de solo contaminado.

A investigação realizada anteriormente e os antecedentes da 3M, empresa belga que plantou cânhamo e conseguiu erradicar substâncias tóxicas do solo e purificar a água noutro setor industrial de Antuérpia (que eles próprios contaminaram com a sua atividade), permitem que este novo projeto continue avançando no que poderia se tornar a melhor alternativa para restaurar solos e desbloquear um futuro mais limpo.

Por Lucía Tedesco, originalmente publicado no El Planteo.

Foto de capa: Eir Health | Unsplash

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