Usuários de cannabis podem ter menor risco de desenvolver gordura no fígado, diz estudo

Rotografia de um baseado aceso em um cinzeiro azul-claro com detalhes dourados, que está sobre uma toalha amarela. Foto: Unsplash / Dad Grass.

O consumo de maconha está inversamente associado à esteatose hepática, conhecida também como doença hepática gordurosa ou fígado gorduroso, segundo estudo conduzido por pesquisadores chineses

A pesquisa, conduzida por um grupo de pesquisadores chineses, examinou uma amostra “representativa nacionalmente” de americanos e descobriu que o uso de maconha está inversamente associado à esteatose hepática, condição causada pelo excesso de gordura no fígado.

A esteatose hepática afeta uma proporção significativa de adultos e crianças nos Estados Unidos. Embora não haja medicação específica para tratá-la, os médicos destacam a importância de controlar os fatores que contribuem para essa condição e fazer mudanças no estilo de vida.

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Para o estudo publicado no PLOS One, foram utilizados dados do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) do ciclo 2017-2018. A participação foi de 2.622 indivíduos com lesão hepática. Conforme publicado pela High Times, o objetivo era “avaliar a associação entre uso de maconha, esteatose hepática e fibrose na população geral dos Estados Unidos”.

Os participantes foram divididos em três categorias: pessoas que nunca usaram maconha, pessoas que já foram usuários em algum momento e usuários frequentes. Aqueles que usaram maconha tiveram menor prevalência de esteatose hepática. Da mesma forma, nenhuma associação significativa foi encontrada entre o uso de maconha e fibrose hepática, independentemente do uso passado ou atual.

Apesar dos resultados intrigantes, os pesquisadores alertam que o estudo tem limitações e destacam a necessidade de mais pesquisas. O estudo foi observacional, o que impede o estabelecimento de relações causais, e baseou-se em autorrelatos, o que pode introduzir alguma margem de erro nos dados. Além disso, fatores como atividade física e alimentação não foram levados em consideração.

Por Lucía Tedesco, originalmente publicado no El Planteo.

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Foto de capa: Unsplash / Dad Grass.

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