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Uso de cannabis está ligado a maior atividade física, revela estudo

Estudo revela que adultos são mais ativos fisicamente nos dias em que usam cannabis, levantando questões sobre os impactos reais da substância no comportamento diário e desafiando estigmas tradicionais

Um estudo recente financiado pelo governo federal e publicado no periódico Addictive Behaviors revelou que adultos são mais fisicamente ativos nos dias em que consomem cannabis, contradizendo o estereótipo do “maconheiro preguiçoso”. No entanto, o uso de cannabis também foi associado a maior consumo de álcool e cigarro no mesmo período. A pesquisa acompanhou 98 adultos por quatro semanas, registrando, em tempo real, comportamentos relacionados à atividade física moderada a vigorosa (MVPA) e uso de substâncias, com dados coletados via smartphones.

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Os pesquisadores, de várias instituições nos EUA, destacaram que a cannabis pode aumentar o prazer associado à atividade física, ativando sistemas endocanabinoides e dopaminérgicos, o que pode influenciar comportamentos de recompensa. No entanto, também notaram que o consumo de cannabis pode elevar o uso de álcool e cigarro, seja por aumento de estímulos prazerosos ou como forma de lidar com os efeitos de outra substância. Apesar de associações positivas com a atividade física, o estudo ressalta a necessidade de mais investigações para entender melhor esses mecanismos.

A pesquisa está alinhada com estudos anteriores que mostram maior prevalência de atividade física entre consumidores de cannabis em comparação a não usuários, especialmente em estados onde a planta é legalizada. Outras análises revelaram que a cannabis pode melhorar a experiência de exercícios, recuperação muscular e reduzir o índice de massa corporal em adultos mais velhos. Essas descobertas desafiam preconceitos históricos, como o arquétipo do “maconheiro preguiçoso”, e destacam os usos diversificados da cannabis atualmente.

Além disso, o estudo aponta que a cannabis pode ter efeitos limitados em áreas como apatia, motivação e função cognitiva. Pesquisas recentes também associaram o uso medicinal da planta a melhorias na clareza mental, redução de dores e menor declínio cognitivo em pacientes com condições crônicas. Em contraste com alegações proibicionistas, há evidências de que a cannabis não desencadeia psicose em jovens nem causa declínio no QI, com fatores genéticos e familiares desempenhando um papel mais significativo nesses casos.

Esses achados, que incluem benefícios cognitivos, aumento da atividade física e impacto mínimo em funções mentais, reforçam a importância de estudos contínuos sobre o impacto do uso de cannabis em diferentes contextos. À medida que a legalização avança, a pesquisa fornece informações valiosas para criar estratégias de promoção da saúde e políticas públicas mais eficazes e baseadas em evidências.

Com informações: Marijuana Moment

Foto: Canva Pro

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