Fotografia mostra vista aérea de um vaso com planta de cannabis sob luz de lâmpada. Foto: Canva.

Sementes de história

A evolução dos bancos de sementes de cannabis: da origem ao crescimento no cenário global atual

Amplamente conhecidos e respeitados, os bancos de sementes colecionáveis começaram sua trajetória há pelo menos 40 anos, impulsionados pelo crescente interesse pela cannabis e suas diversas variedades. Diante de um cenário cheio de estigmas, os visionários se tornaram criadores da diversidade genética, incentivando o cultivo e a disseminação do conhecimento sobre as diferentes cepas. Com a legalização em algumas partes do mundo e a crescente aceitação social, a relevância desses bancos só cresce. Mas como tudo começou, afinal?

Vamos mergulhar na fascinante história por trás desses gigantes do mundo da cannabis! 

Na década de 80, a cannabis estava ganhando cada vez mais espaço na cultura alternativa e os entusiastas do cultivo caseiro começaram a se dedicar a coletar e preservar variedades de sementes. Foi mais ou menos nessa época que Nevil Schoenmakers, conhecido também como “o rei da cannabis”, fundou o Seed Bank of Holland, o primeiro banco de sementes de cannabis do mundo. 

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A falta de sementes disponíveis para compra, aliada ao seu conhecimento em genética, o levou a criar esse banco na Holanda, onde poderia operar legalmente. Ele começou a coletar variedades indica, sativa e ruderalis de diversas partes do mundo. Por meio do Seed Bank, Schoenmakers reuniu variedades icônicas da Costa Oeste dos Estados Unidos, como Skunk #1, Early Girl e Northern Lights, tornando essas cepas de alta qualidade acessíveis ao público.

A partir daí, o movimento de cultivo começou a se expandir, especialmente na Europa e na Califórnia (EUA). Um dos primeiros foi o Sensi Seeds, fundado em 1985 na Holanda. Sensi Seeds começou a coletar e preservar variedades de cannabis. Eles foram pioneiros na documentação e no desenvolvimento de cepas. 

Nos anos 1990, o número aumentou significativamente, com a legalização parcial em alguns países europeus. Outros bancos notáveis começaram a surgir, como o Dutch Passion e o Green House Seeds. Esses bancos não apenas preservavam sementes, mas também se dedicavam ao desenvolvimento de novas variedades. 

Já nos anos 2000 e além, com a legalização da cannabis medicinal e recreativa em várias regiões, o mercado de sementes explodiu! Muitos novos bancos foram estabelecidos, apresentando uma ampla gama de variedades, desde as tradicionais até as híbridas e com características específicas.

Atualmente, existem inúmeros bancos de sementes de cannabis em todo o mundo. Embora seja difícil determinar um número exato, estima-se que haja centenas de bancos ativos globalmente, cada um lançando uma variedade única de cepas e linhagens.

Impacto cultural e social

A história dos bancos de sementes de cannabis não se limita apenas ao cultivo; ela reflete uma mudança cultural importante. À medida que a cannabis se torna mais aceita, os bancos de sementes se tornam centros de conhecimento, pesquisa e inovação. Eles promovem a educação sobre as diferentes variedades e suas propriedades, ajudando cultivadores e usuários a entender melhor a planta.

Inovação e sustentabilidade

Muitos bancos estão investindo em práticas sustentáveis e em técnicas de cultivo orgânico, reconhecendo a importância de preservar não apenas a diversidade genética, mas também o meio ambiente. Essa abordagem sustentável garante que as futuras gerações possam desfrutar da cannabis de maneira responsável.

É… não podemos negar que os bancos de sementes colecionáveis de cannabis não são apenas repositórios de genética; eles são fundamentais para a preservação da cultura da canábica e para a promoção de um futuro sustentável e diversificado. À medida que a sociedade evolui em sua relação com a maconha, a importância desses bancos se tornará cada vez mais evidente, refletindo a interseção entre tradição e inovação no cultivo da planta.

Foto de capa: Canva.

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