No dia 3 de maio de 2025, a praia de Copacabana será tomada por milhões de pessoas para o aguardado show gratuito de Lady Gaga, que promete ser um dos maiores espetáculos musicais da cidade, atraindo até 3 milhões de espectadores. A cantora se apresenta no evento “Mayhem on the Beach”, organizado pela Riotur e Bonus Track Entretenimento. No entanto, no dia seguinte, a cidade dará espaço a outra grande mobilização: a tradicional Marcha da Maconha, marcada para o dia 4 de maio, com concentração no Jardim de Alah, em Ipanema, sob o lema Paz, Justiça e Erva na mão.
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A marcha é uma manifestação que, desde 2002, reúne ativistas e cidadãos em defesa da legalização da maconha no Brasil, buscando promover a conscientização sobre os benefícios da planta e a necessidade de políticas públicas que garantam mais liberdade e direitos aos usuários. A edição de 2025, no Rio de Janeiro, promete ser uma das mais expressivas, com o evento ocorrendo em um cenário carregado de visibilidade, graças ao grande show da popstar no dia anterior.
Do entretenimento ao ativismo
A proximidade das datas dos dois eventos levanta uma questão interessante sobre a convergência entre cultura pop e ativismo social. Enquanto o show de Lady Gaga é uma celebração da música e do entretenimento, a Marcha da Maconha é uma expressão de luta por justiça social, políticas públicas mais inclusivas e, acima de tudo, pela legalização da cannabis no Brasil.
No Rio de Janeiro, o evento começará às 14h20, com a concentração no Jardim de Alah, em Ipanema, e seguirá para a orla de Copacabana, um dos principais cartões postais da cidade. Em um momento de forte visibilidade, os ativistas esperam que a marcha aproveite o clima de grande público proporcionado pelo show para dar ainda mais destaque às bandeiras da regulamentação, combatendo preconceitos e estigmas sobre o uso da cannabis.
A realização simultânea desses eventos de grande porte na cidade oferece tanto desafios quanto oportunidades. De um lado, questões logísticas, como segurança e organização, precisam ser cuidadosamente planejadas. De outro, o contexto pode ser favorável para a ampliação do alcance da mensagem da marcha, ao aproveitar a atenção gerada pelo show de Lady Gaga para educar o público sobre os benefícios da legalização da cannabis e os impactos das políticas de proibição, que afetam especialmente as comunidades mais vulneráveis.
A convergência desses públicos também abre espaço para reflexões sobre o papel do entretenimento em causas sociais, questionando até que ponto eventos como o show da cantora podem ser uma ferramenta para gerar maior conscientização sobre movimentos de transformação social, como a legalização da cannabis.
O Rio de Janeiro se prepara para um final de semana único, com grandes atrações para os cariocas e turistas. O show de Lady Gaga promete ser uma grande festa de entretenimento, mas a Marcha da Maconha, no dia seguinte, não fica atrás em termos de relevância. Em 2025, o evento será mais uma chance para a sociedade brasileira refletir sobre a legalização da cannabis e sobre como ela pode ser uma ferramenta de justiça social, econômica e de saúde pública. Com o apoio da população e a crescente conscientização sobre os benefícios da planta, o movimento em favor da cannabis ganha cada vez mais força.
Ilustração: Daniel Paiva
