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Fotografia mostra palco do evento sobre cânhamo na Câmara dos Deputados. Foto Caio Marins

Produção de cânhamo industrial é tema de evento na Câmara dos Deputados

Na ocasião, foram discutidos avanços legislativos e regulatórios necessários para permitir o cultivo da commodity no Brasil, destacando o potencial do setor como ferramenta de desenvolvimento econômico e socioambiental

A regulamentação da produção e do comércio nacional de cânhamo industrial foi tema de um café da manhã promovido pelo Instituto Ficus, com apoio do escritório Madruga BTW, na Câmara dos Deputados (DF), na última quarta (11). Representantes da Embrapa, do Ministério da Agricultura e empresários falaram sobre o tema para uma plateia que incluiu diretores e técnicos da Anvisa.

“Precisamos falar sobre cânhamo porque estamos perdendo uma grande oportunidade”, disse Bruno Pegoraro, presidente do Instituto Ficus e anfitrião do evento. “Nosso país tem potencial para ser líder desse mercado, que vai movimentar bilhões de dólares nos próximos anos.”

Uma das expositoras, a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Daniela Bittencourt apresentou a proposta do Grupo de Trabalho de Cânhamo da Empresa, um plano de 12 anos de pesquisas para desenvolvimento de genéticas, técnicas de manejo e de pós-colheita. Ela defendeu um esforço conjunto entre Embrapa, Anvisa, Mapa e outras instituições para desenvolver uma tese regulatória que permita ao país explorar o potencial dessa commodity agrícola.

“Já temos uma proposta de programa para a cannabis como um todo no País, não somente para o cânhamo, mas também para uso medicinal”, destacou a pesquisadora. 

A engenheira agrônoma Sílvia Bento, representante do Mapa, reforçou o compromisso do ministro Carlos Fávaro com a pauta. “Vemos a grande importância que isso tem e algumas demandas de notas técnicas já tem passado por nós. Entendemos essa realidade, estamos com isso em pauta e apoiamos esse movimento”, disse.

Baixo de cânhamo

Um dos destaques do encontro foi a participação do baixista, co-fundador da banda Natiruts e Presidente da Associação Brasileira de Cannabis e Cânhamo Industrial, Luís Maurício, que apresentou aos participantes um baixo elétrico feito com cânhamo, usado na turnê da banda, como exemplo da versatilidade de usos dessa matéria-prima.

Foto de capa: Caio Marins

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