Pacientes peruanos ainda enfrentam barreiras para acessar cannabis
Os produtos à base de maconha estão legalmente disponíveis no Peru desde 2020, contudo somente 9 mil pacientes adquirem cannabis em estabelecimentos autorizados
Em torno de 7 milhões de peruanos podem se beneficiar do uso medicinal da cannabis, segundo estimativas do Centro de Estudos de Cannabis do Peru. Mas dados oficiais revelam que apenas algumas dezenas de milhares se registraram para acessar o tratamento.
De acordo com a agência reguladora peruana, Digemid, somente 30.000 pessoas se cadastraram como usuários de maconha para fins medicinais no país sul-americano.
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A Radio Programas del Perú conversou com especialistas e médicos da Associação Peruana de Indústrias de Cannabis (Asopecanna) sobre as barreiras que ainda limitam o acesso à medicina canábica aos pacientes peruanos.
“O excesso de regulamentação peruana, como a exigência de prescrição médica para CBD, só gera o aumento de um mercado ilegal onde pode custar três a quatro vezes mais do que em estabelecimentos autorizados”, disse Andrés Vázquez, diretor de Relações Institucionais da Asopecanna, à RPP.
Em 2019, o governo peruano aprovou o regulamento de uma lei que autoriza a comercialização e uso medicinal da cannabis.
Os pacientes, no entanto, ainda aguardam mudanças na regulamentação que facilitem o maior acesso. Atualmente, dos 30 mil pacientes registrados, apenas 9 mil adquirem maconha em farmácias autorizadas pela Digemid.
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Segundo os especialistas da Asopecanna, uma das maiores barreiras enfrentadas pelos pacientes peruanos é a exigência de receita médica para comprar produtos à base de canabidiol, além de os pacientes terem que passar por um burocrático processo para se registrarem junto à agência reguladora de medicamentos.
Atualmente, existem mais de 50 estabelecimentos autorizados a vender produtos de CBD e tetraidrocanabinol (THC) no Peru.
Os produtos de cannabis passaram a ser vendidos nas farmácias peruanas em outubro de 2020. Em abril de 2021, o país recebeu seu primeiro lote de óleo de cannabis rico em THC — em julho do mesmo ano, foi promulgada a lei que autoriza o cultivo pessoal e associativo de maconha para uso medicinal.
Em outubro do ano passado, a Cann Farm Peru realizou o primeiro plantio legal de cannabis para fins medicinais do país.
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#PraTodosVerem: fotografia mostra um top bud repleto de pistilos cor creme, em um cultivo de cannabis, que aparece no segundo plano em pior foco, coberto por uma tela branca. Imagem: Teanna Morgan | Unsplash.
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