Os estadunidenses veem menos riscos associados ao uso de várias substâncias, como tabaco, cocaína, LSD e maconha, em comparação com a visão que tinham em 2015
Na última década, houve um declínio na percepção de risco associado ao uso de tabaco, heroína, LSD, cocaína e maconha nos Estados Unidos, segundo dados da Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde, tanto no uso frequente quanto esporádico destas substâncias.
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Em relação à maconha, 30% dos estadunidenses veem menos danos associados ao consumo mensal ou regular (até duas vezes por semana) de 2015 para 2023. O LSD é a segunda substância considerada menos perigosa, com uma queda na percepção de risco sobre o uso de 20% para consumidores esporádicos e 14% para frequentes (até duas vezes por semana).
Sobre a cocaína, a visão de danos associados caiu 10% em relação ao uso mensal e 6% nos casos em que a substância é usada até duas vezes por semana. O tabaco teve queda de 6% na percepção de risco de quem consome um maço ou mais por dia, enquanto o uso esporádico de heroína é visto como menos perigosa para 5% e o regular para 3%.
Um recorte demográfico mostra que os jovens tendem a ver menos riscos associados ao uso de drogas. Percepções de
danos também diminuíram entre adultos com mais de 26 anos, mas esses declínios foram menores em todas as categorias, exceto sobre o uso regular de cocaína.
Como os dados refletem as tendências de uso de substâncias, o relatório sugere que formuladores de políticas públicas e profissionais devem continuar monitorando de perto os indicadores de risco para desenhar modelos de redução de danos sobre essas substâncias.
Imagem de capa: Ilustronauta | freepik.
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