Ministério da Saúde do Paraguai emite alerta sobre óleos de cannabis vendidos sem licença
Autoridade sanitária do país recomenda aos cidadãos que se abstenham de adquirir os produtos comercializados sem registro
O Ministério da Saúde do Paraguai emitiu alertas informando sobre a comercialização de produtos que são anunciados como óleo de maconha, mas que não possuem a licença ou registro para a sua produção ou industrialização.
A Direção Nacional de Vigilância Sanitária (Dinavisa) emitiu avisos recomendando aos cidadãos para que se abstenham de adquirir as marcas Green people hemp oil, Estelin hemp oil, Zomo cbd, Og cbd oil e Evona, divulgadas no Facebook e Instagram como produtos medicinais, porém sem passar pelo controle sanitário necessário para seu uso.
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“Vários produtos são ofertados no mercado local como óleos de cannabis, porém não possuem licença de produção e industrialização de cannabis ou registro sanitário concedido pela Dinavisa”, diz o comunicado à imprensa do ministério.
A pasta informou que o preparo e fornecimento de medicamentos derivados da maconha devem ser realizados sob protocolos cientificamente aprovados, conforme estabelecido pelo Programa Nacional de Pesquisas Médico-Científicas do Uso Medicinal da Cannabis e seus Derivados (Proincumed).
Enquanto isso, a Câmara de Cânhamo Industrial do Paraguai (CCIP) informou que recebeu aprovação do diretor de assessoria jurídica do Ministério da Saúde, Gustavo Irala, para emitir à Dinavisa um parecer favorável à regulamentação de produtos derivados do cânhamo.
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“Com estas últimas atualizações, estima-se que esta semana seja promulgada a regulamentação em questão e finalmente emitidos os registros que vão ajudar a produção nacional e contar com o marco legal para combater o contrabando de produtos [supostamente] derivados de cannabis”, declarou a CCIP em suas redes sociais.
Atualmente, o acesso legal a produtos medicinais de cannabis no Paraguai se dá somente sob o Proincumed, através do qual empresas licenciadas fazem a produção controlada de óleos de maconha, que são distribuídos gratuitamente aos pacientes.
No entanto, apenas pacientes com epilepsia refratária e esclerose múltipla podem fazer o uso do óleo de cannabis como tratamento adjuvante.
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#PraTodosVerem: fotografia mostra um feixe de folhas de maconha e um frasco âmbar sobre uma superfície de madeira, e a mão de uma pessoa que segura um conta-gotas acima do vidro. Foto: Freepik | jcomp.
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