Ministro da Tailândia quer distribuir 1 milhão de plantas de maconha para a população

Fotografia mostra o ministro da saúde da Tailândia Anutin Charnvirakul usando jaleco e máscara brancos e segurando uma folha de maconha próximo ao nariz, outro funcionário do governo tailandês, à esquerda, e uma plantação de cannabis, à direita. Imagem: reprodução / Facebook.

Anutin Charnvirakul planeja doar as mudas de cannabis quando o cultivo doméstico da planta for legalizado em junho

O ministro da saúde e vice-primeiro-ministro da Tailândia, Anutin Charnvirakul, quer doar 1 milhão de plantas de cannabis gratuitamente quando o cultivo doméstico for legalizado em junho.

As pessoas na Tailândia poderão cultivar quantas plantas de maconha quiserem em suas próprias casas a partir de 9 de junho, que é quando termina o prazo para entrar em vigor a lei que removeu a planta da lista de drogas proibidas, de acordo com Charnvirakul.

A nova lei remove todas as partes da cannabis, desde que contenham até 0,2% de THC, da lista de narcóticos controlados. Os tailandeses não precisarão se registrar para cultivar maconha em casa, mas devem informar as autoridades.

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O ministro anunciou o gesto generoso no sábado, em um post no Facebook onde também diz que o cultivo de maconha é uma oportunidade para as pessoas terem uma nova renda.

As empresas registradas na Tailândia podem vender legalmente produtos de cannabis com até 0,2% de THC.

Anutin incentiva agricultores e empresários a pesquisar e utilizar o potencial econômico da planta e implementar a maconha em suas plantações e produtos.

Ele explicou que as novas regras também permitirão que as pessoas operem negócios relacionados à cannabis.

É uma oportunidade para as pessoas e o estado ganharem renda com maconha, cânhamo, dezenas de bilhões de bahts. Nova renda da maconha”, disse Anutin.

 

 

 

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De acordo com ministro, as empresas poderão competir livremente no mercado de cannabis da Tailândia, pois não haverá concessões. “É livre concorrência. É um mercado livre, basta seguir a lei”.

Anutin acrescenta que os pequenos vendedores de produtos de maconha não são obrigados a se registrar na Administração de Drogas e Alimentos (FDA), embora as empresas maiores devam obter permissão da agência para operar.

Os defensores da cannabis acreditam que a flexibilização das leis sobre a maconha possa impulsionar a recuperação econômica após a crise da Covid-19.

Durante uma conferência realizada em março, como parte da campanha de educação pública sobre a cannabis e a nova lei, o secretário da Comissão de Saúde Pública Chatchai Rojrungrangsi disse que a maconha é a “arma secreta” da Tailândia na batalha para atrair turistas à medida que a pandemia de Covid-19 diminui.

Em 2019, quase 40 milhões de turistas visitaram a Tailândia. Estima-se que 27,7 milhões visitarão apenas para fins de saúde e bem-estar em 2022, elevando os gastos com turismo de saúde em 2,5 bilhões de bahts (R$ 370 milhões). O mercado de cannabis para uso adulto tailandês tem potencial para valer 424 milhões de bahts (R$ 63,1 mi) até 2024, de acordo com a Prohibition Partners.

A Tailândia foi o primeiro país asiático a retirar a cannabis com baixo teor de THC da lista de narcóticos, além de ser o primeiro no sudeste da Ásia a sancionar o uso medicinal da planta em 2018.

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#PraTodosVerem: fotografia mostra Anutin Charnvirakul usando jaleco e máscara brancos e segurando uma folha de maconha próximo ao nariz, outro funcionário do governo tailandês, à esquerda, e uma plantação de cannabis, à direita. Imagem: reprodução / Facebook.

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