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Foto da bandeira oficial da Marcha da Maconha de São Paulo, com a frase "Legalize já". Imagem: Smoke Buddies.

Como é a legalização que você espera?

Como é a legalização que você espera?

A Squadafum acompanhou a 16ª edição da Marcha da Maconha de São Paulo e fez essa pergunta para algumas das milhares de pessoas que participaram do ato

Uma manifestação pacífica, autônoma, horizontal, apartidária, antiproibicionista e anticapitalista: a Marcha da Maconha de São Paulo realizou sua 16ª edição no último domingo (16) e reuniu milhares de pessoas na Avenida Paulista, que marcharam em direção à Praça da República com uma bandeira em comum e várias reivindicações paralelas.

Sob o lema central “Bolando um futuro sem guerra”, o ato que acolhe diversos blocos, como o terapêutico, o feminista e a frente pelo desencarceramento, revela uma luta que vai muito além da liberdade para fazer a cabeça. Para entender os motivos pelos quais as pessoas foram à Marcha, perguntamos ao público “como é a legalização que você quer?” — confira as respostas a seguir:

Saúde

“Eu quero que a legalização chegue, pelo menos num primeiro momento, a todos os pacientes que necessitam dessa planta, porque essa é uma planta medicinal, como qualquer outra. Então, legaliza já” — Ana Rodrigues, professora e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo.

“A gente precisa poder prescrever nesse país. A gente precisa implementar a maconha medicinal no Sistema Único de Saúde, mas eu não estou falando do CBD, estou falando do THC, da planta inteira. Nosso lema aqui é ‘cânhamo industrial e maconha no quintal’” — Eliane Guerra, psiquiatra (CRM 61456).

Justiça social

“A legalização que eu gostaria é a que não criminalize pessoas pretas e pobres, porque a gente sabe que o uso da maconha já é legalizado há muito tempo, só que depende de onde você está: se você mora no asfalto ou nos grandes prédios, tá tudo bem, mas se você mora na periferia, você é atingido de várias formas. Então, acho que a real legalização é a que se preocupa com a sociedade preta, pobre e a classe trabalhadora” — Dandara Pagu.

“Estamos lutando por justiça social, reparação histórica, para uma sociedade mais saudável, porque, além de tudo, a maconha propicia isso para nós, com mais qualidade de vida, e tantos outros fatores que a proibição impacta diretamente nas nossas vidas, principalmente pessoas negras, pobres, faveladas” — Edsinho.

“A legalização que eu quero é uma legalização que não prenda as pessoas, que termine esse massacre, essa guerra contra as drogas, principalmente contra os mais vulneráveis, que sempre foram perseguidos, marginalizados. Uma legalização que mostre o melhor que a cannabis pode oferecer” — Txai Suruí.

Liberdade individual

“A legalização que eu espero para nós todos é a que a gente possa fumar em paz sem ser considerado criminoso, sem ser abordado pela polícia. E a planta não é só pra gente fumar, tem muitas utilidades que iam agregar muito para o nosso país, então eu espero mesmo é que acabe esse preconceito” — Cezika, do canal umdois.

“A legalização que eu espero para o nosso país é que seja a favor do povo, a favor de quem precisa dela, e que ela seja muito boa, como a brisa”, Lívia.

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