Alexandre Herchcovicth, Az Marias e Amapô incluem peças com tecido de cânhamo na 58ª edição da São Paulo Fashion Week
O cânhamo está na moda. Tecidos feitos a partir da fibra da planta de cannabis ocuparam as passarelas da São Paulo Fashion Week, maior Semana de Moda da América Latina, cuja 58ª edição se encerra neste domingo (20). Marcas como Alexandre Herchcovitch, Az Marias e Amapô trouxeram à tona a pauta do cânhamo enquanto alternativa têxtil.
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Herchcovitch retornou ao evento depois de alguns anos de hiato, e seu desfile realizado no Complexo Cultural Júlio Prestes, no centro da capital paulista, abriu a edição N58 da SPFW. Dos 32 looks que passaram pela passarela, entre brilhos e paetês, o hemp jeans apareceu em algumas peças, como a calça delavê vestida pela modelo Lu Curtis que acompanha camiseta com estampa psicodélica. Confira:
Na sexta-feira (18), no Teatro Oficina, a marca Az Marias apresentou o último ato da coleção “Florescer”, batizado de Éter, com um protesto pela sustentabilidade no mundo da moda através do uso de tecidos de cânhamo em peças desfiladas.
“Nós nunca deixamos de estar comprometidos com o que acreditamos, seja abrindo narrativas e diálogos, quando trazemos tecidos de cânhamo, por exemplo, para que a gente fale com a indústria que existe essa matéria-prima e que pode ser uma alternativa sustentável a curto, médio e longo prazo. Mas, neste último caso, ainda não se quer falar sobre isso, porque estamos muito mais preocupados em encarcerar os homens pretos por conta da maconha. É nesse lugar de profundidade, de pesquisa e de discussão que Az Marias se propõe a se colocar como uma marca que fala de impacto socioambiental”, disse a diretora criativa, Cintia Felix, ao portal iG.
Neste domingo (20), a Amapô, marca brasileira focada em jeans, leva ao Pavilhão da Cultura Brasileira, no Parque Ibirapuera, um modelo com tecido de cânhamo produzido pela marca Vicunha, pioneira na produção brasileira de jeans com a fibra.
Foto de capa: Roberto Sorin | Unsplash
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